EQUINÓCIO BRANCO 2021

28,00 

Com IVA Incluído

PAÍS: Portugal
REGIÃO: Alentejo
PRODUTOR: Cabeças do Reguengo Lda.
ANO: 2021
CASTAS: Field Blend de vinha centenária

TEOR ALCOÓLICO: 13,00 %
TEMPERATURA DE SERVIÇO: 10-12 ºC
GASTRONOMIA: Pratos de peixes gordos, seja na grelha ou no forno.

* Contém sulfitos

31 em stock

Descrição

EQUINÓCIO BRANCO 2021

Equinócio Branco 2021 é um vinho feito de castas antigas de uma vinha muito velha na Serra de S. Mamede. Exposta a nascente, a uma altitude de 598 metros. Solo arenoso de origem granítica (Ordovícico).  As produções são muito baixas. Temos cerca de 14 diferentes castas vindas de uma selecção massal feita até ao início do século XX. Field Blend de vinhas velhas.

O Equinócio Branco 2021 é um vinho branco intenso fumado com aroma profundo e largo e mineral. Discreta fruta de frutos cítricos com leves notas de tisana. Muito suave, gordo e aveludado na prova de boca, corpo cremoso com um final muito longo a colar-se à boca.

Vindima manual a 24 de Agosto. Esmagamento, prensagem e decantação estática do mosto. Fermentação natural e estágio de 15 meses em tonel usado.

O Produtor do Equinócio Branco 2021

O projeto familiar nasce para recuperar o sistema agrícola tradicional. Sistema em que o Homem vivia da Natureza e com a Natureza, numa agricultura de subsistência, pobre de recursos mas perfeitamente integrada na paisagem e no equilíbrio do ecossistema.

O projeto nasce também com a crença que esta vontade de retorno e respeito ecológico pelas origens, se possa multiplicar indefinidamente por todo o planeta, atenuando a pressão da espécie humana sobre os ecossistemas. Só compreendendo e protegendo a Natureza poderemos ser inteligentes.

Mais informações no nosso blog.

As Vinhas

É uma viticultura livre de químicos, integrada num projeto familiar de recuperação do sistema agrícola tradicional.

Decidiu-se não arrancar um único pé de vinha centenária e recuperá-la com mergulhias e retanchas integralmente iguais ao material existente.

Assim, recorreu-se à plantação do antigo porta enxerto Rupestris du Lot, mais tarde enxertado com a vara da videira antiga de modo a conseguir-se uma videira nova igual à existente. É caro, um tanto temerário e arriscado, mas só assim se alcançará a recuperação integral da vinha que faz os vinhos de que todos nós tanto gostamos.

Continua-se com muitas castas, todas misturadas, ainda que haja talhões onde as tintas dominam e outros que são terreno de brancas. Variety is the spice of life.

Historicamente, o Reguengo (povoação vizinha de Portalegre) é um polo importante do cultivo da vinha no Sul do país. Portalegre tinha sete conventos. E o clero, as liturgias e o povo necessitavam de vinho. E o clero, as liturgias e o povo necessitavam de vinho. A tradição vitícola manteve-se ao longo dos séculos. Na década de 60 passada existiam centenas de pequenas adegas na região. Todas elas produziam vinho em talhas de barro destinado à venda e ao consumo próprio ou vizinho. A maioria das talhas existentes datam do século XIX. Eram típicas as pequenas romarias que se faziam de bicicleta à Serra (de São Mamede) para provar o vinho novo de um sem número de produtores. Atualmente uma área significativa da vinha existente é vinha velha. Muita dela plantada no início de 1900. Vinhas em taça, não aramadas, com condução arcaica, “rastejante” e pouco cuidada.

Curiosamente as vinhas antigas eram instaladas com a ajuda de um triângulo retângulo (metade de um quadrado) de canas. Os porta enxertos (à época Rupestris du Lot, Aramon ou Corriola) eram plantados sucessivamente, à força de enxada, nos vértices do triângulo (vala com metro de lado e de profundidade). Um ou dois anos mais tarde a videira era enxertada. A lavoura era feita com tração animal e o amanho da vinha à força de enxada. No Reguengo, freguesia com muita vinha, os habitantes eram conhecidos por “Cavadores”.

Os “Antigos”, que queremos reproduzir neste projeto, viviam em harmonia com a “terra”, muito longe da industrialização e capitalização dos recursos que hoje tendem a agredi-la. Nos terrenos mais secos e pobres plantavam as culturas mais adaptadas ao clima seco e quente de Verão – a vinha e o olival (duas das três principais culturas mediterrânicas) – e consociavam-nas ainda com castanheiros e com fruteiras aclimatadas à região que, na Serra de São Mamede, são amendoeiras, macieiras, cerejeiras… variedades que gostam de altitude e alguma secura. Nos solos ou parcelas mais frescas e férteis a sua horta, com fruteiras mais necessitadas de água (citrinos, pessegueiros, ameixeiras, etc.) e pascigo para os animais que lhe fazem o composto com que fertiliza as culturas e lhe dão ovos, leite e alguma carne. É isso também que procuramos na nossa pequena Quinta. Do portão para dentro só entrarão o arroz, massas, café, e peixe do nosso Atlântico ou de rio próximo.

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