SEIVA TINTO 2018
20,00 €
Com IVA Incluído
PAÍS: Portugal
REGIÃO: Alentejo
PRODUTOR: Cabeças do Reguengo Lda.
ANO: 2018
CASTAS: Field Blend de vinha centenária com Trincadeira, Alicante Bouschet, Castelão e Aragonês
TEOR ALCOÓLICO: 13,50 %
TEMPERATURA DE SERVIÇO: 16-18 ºC
GASTRONOMIA: Pratos de bacalhau.
* Contém sulfitos
32 em stock
Descrição
SEIVA TINTO 2018
Seiva Tinto 2020 é um vinho Feito de castas antigas de vinhas muito velhas situadas nos arredores da aldeia do Reguengo, na Serra de S. Mamede (a única montanha com mais de 1000 metros de altitude a Sul do Tejo). Podemos indicar algum domínio varietal: Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez, Castelão.
Estas vinhas foram plantadas nos primeiros anos do século XX.
A altitude varia entre os 500 e os 720 metros. O solo é granito muito velho e erodido (Ordovícico).
As produções por cepa são muito baixas.
O Seiva Tinto 2018 apresenta um aroma fresco e picante. Complexo, profundo e com caráter exótico. Taninos fortes e dinâmicos integrados à elegância do vinho. Textura seca com um toque de boca fresco e vibrante. É um tinto Alentejano concebido num perfil marcadamente Bairradino.
A Vinificação realizou-se com as uvas desengaçadas e esmagadas. Vinho fermentou com leveduras indígenas numa pequena cuba de 2.000 litros. Estagiou durante 23 meses em barricas velhas de carvalho Francês.
O Produtor
O projeto familiar nasce para recuperar o sistema agrícola tradicional. Sistema em que o Homem vivia da Natureza e com a Natureza, numa agricultura de subsistência, pobre de recursos mas perfeitamente integrada na paisagem e no equilíbrio do ecossistema.
O projeto nasce também com a crença que esta vontade de retorno e respeito ecológico pelas origens, se possa multiplicar indefinidamente por todo o planeta, atenuando a pressão da espécie humana sobre os ecossistemas. Só compreendendo e protegendo a Natureza poderemos ser inteligentes.
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As Vinhas
É uma viticultura livre de químicos, integrada num projeto familiar de recuperação do sistema agrícola tradicional.
Decidiu-se não arrancar um único pé de vinha centenária e recuperá-la com mergulhias e retanchas integralmente iguais ao material existente.
Assim, recorreu-se à plantação do antigo porta enxerto Rupestris du Lot, mais tarde enxertado com a vara da videira antiga de modo a conseguir-se uma videira nova igual à existente. É caro, um tanto temerário e arriscado, mas só assim se alcançará a recuperação integral da vinha que faz os vinhos de que todos nós tanto gostamos.
Continua-se com muitas castas, todas misturadas, ainda que haja talhões onde as tintas dominam e outros que são terreno de brancas. Variety is the spice of life.
Historicamente, o Reguengo (povoação vizinha de Portalegre) é um polo importante do cultivo da vinha no Sul do país. Portalegre tinha sete conventos. E o clero, as liturgias e o povo necessitavam de vinho. E o clero, as liturgias e o povo necessitavam de vinho. A tradição vitícola manteve-se ao longo dos séculos. Na década de 60 passada existiam centenas de pequenas adegas na região. Todas elas produziam vinho em talhas de barro destinado à venda e ao consumo próprio ou vizinho. A maioria das talhas existentes datam do século XIX. Eram típicas as pequenas romarias que se faziam de bicicleta à Serra (de São Mamede) para provar o vinho novo de um sem número de produtores. Atualmente uma área significativa da vinha existente é vinha velha. Muita dela plantada no início de 1900. Vinhas em taça, não aramadas, com condução arcaica, “rastejante” e pouco cuidada.
Curiosamente as vinhas antigas eram instaladas com a ajuda de um triângulo retângulo (metade de um quadrado) de canas. Os porta enxertos (à época Rupestris du Lot, Aramon ou Corriola) eram plantados sucessivamente, à força de enxada, nos vértices do triângulo (vala com metro de lado e de profundidade). Um ou dois anos mais tarde a videira era enxertada. A lavoura era feita com tração animal e o amanho da vinha à força de enxada. No Reguengo, freguesia com muita vinha, os habitantes eram conhecidos por “Cavadores”.
Os “Antigos”, que queremos reproduzir neste projeto, viviam em harmonia com a “terra”, muito longe da industrialização e capitalização dos recursos que hoje tendem a agredi-la. Nos terrenos mais secos e pobres plantavam as culturas mais adaptadas ao clima seco e quente de Verão – a vinha e o olival (duas das três principais culturas mediterrânicas) – e consociavam-nas ainda com castanheiros e com fruteiras aclimatadas à região que, na Serra de São Mamede, são amendoeiras, macieiras, cerejeiras… variedades que gostam de altitude e alguma secura. Nos solos ou parcelas mais frescas e férteis a sua horta, com fruteiras mais necessitadas de água (citrinos, pessegueiros, ameixeiras, etc.) e pascigo para os animais que lhe fazem o composto com que fertiliza as culturas e lhe dão ovos, leite e alguma carne. É isso também que procuramos na nossa pequena Quinta. Do portão para dentro só entrarão o arroz, massas, café, e peixe do nosso Atlântico ou de rio próximo.
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