RESPIRO CLARETE 2022
17,45 €
Com IVA Incluído
PAÍS: Portugal
REGIÃO: I.G. Alentejo
PRODUTOR: Cabeças do Reguengo Lda.
ANO: 2022
CASTAS: Field Blend de vinha centenária
TEOR ALCOÓLICO: 12 %
TEMPERATURA DE SERVIÇO: 10-12 ºC
GASTRONOMIA: Sushi, frango, saladas frescas e marisco
* Contém sulfitos
41 em stock
Descrição
RESPIRO CLARETE 2022
Respiro Clarete 2022 é elaborado com cerca de 14 variedades diferentes provenientes de três vinhas centenárias que possui a adega Cabeças do Reguengo na região do Alentejo. É um vinho profundo e fresco, cortesia dos solos graníticos em que as videiras estão plantadas, uma maravilha para se deixar levar.
Vindima manual. Fermentação natural numa cuba de cimento, uvas tintas foram esmagadas e desengaçadas. Maceração de 9 semanas.
Estágio de 9 meses em barrica velha (225 litros) de carvalho. Maloláctica feita. Engarrafamento a 27 de Maio de 2023 sem colagem.
O Respiro Clarete 2022 é um tinto claro fresco e vegetal, com um tanino muito elegante. Notas de mirtilos e groselhas casam com nuances minerais e vegetais num fundo fumado. Textura muito crocante, taninos especiados,leve no porte, mas bastante profundo de prova. Longo e elegante final. Um vinho Tinto para ser bebido como um branco.
O Produtor
O projeto familiar nasce para recuperar o sistema agrícola tradicional. Sistema em que o Homem vivia da Natureza e com a Natureza, numa agricultura de subsistência, pobre de recursos mas perfeitamente integrada na paisagem e no equilíbrio do ecossistema.
O projeto nasce também com a crença que esta vontade de retorno e respeito ecológico pelas origens, se possa multiplicar indefinidamente por todo o planeta, atenuando a pressão da espécie humana sobre os ecossistemas. Só compreendendo e protegendo a Natureza poderemos ser inteligentes.
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As Vinhas do Respiro Clarete 2022
É uma viticultura livre de químicos, integrada num projeto familiar de recuperação do sistema agrícola tradicional.
Decidiu-se não arrancar um único pé de vinha centenária e recuperá-la com mergulhias e retanchas integralmente iguais ao material existente.
Assim, recorreu-se à plantação do antigo porta enxerto Rupestris du Lot, mais tarde enxertado com a vara da videira antiga de modo a conseguir-se uma videira nova igual à existente. É caro, um tanto temerário e arriscado, mas só assim se alcançará a recuperação integral da vinha que faz os vinhos de que todos nós tanto gostamos.
Continua-se com muitas castas, todas misturadas, ainda que haja talhões onde as tintas dominam e outros que são terreno de brancas. Variety is the spice of life.
Historicamente, o Reguengo (povoação vizinha de Portalegre) é um polo importante do cultivo da vinha no Sul do país. Portalegre tinha sete conventos. E o clero, as liturgias e o povo necessitavam de vinho. E o clero, as liturgias e o povo necessitavam de vinho. A tradição vitícola manteve-se ao longo dos séculos. Na década de 60 passada existiam centenas de pequenas adegas na região. Todas elas produziam vinho em talhas de barro destinado à venda e ao consumo próprio ou vizinho. A maioria das talhas existentes datam do século XIX. Eram típicas as pequenas romarias que se faziam de bicicleta à Serra (de São Mamede) para provar o vinho novo de um sem número de produtores. Atualmente uma área significativa da vinha existente é vinha velha. Muita dela plantada no início de 1900. Vinhas em taça, não aramadas, com condução arcaica, “rastejante” e pouco cuidada.
Curiosamente as vinhas antigas eram instaladas com a ajuda de um triângulo retângulo (metade de um quadrado) de canas. Os porta enxertos (à época Rupestris du Lot, Aramon ou Corriola) eram plantados sucessivamente, à força de enxada, nos vértices do triângulo (vala com metro de lado e de profundidade). Um ou dois anos mais tarde a videira era enxertada. A lavoura era feita com tração animal e o amanho da vinha à força de enxada. No Reguengo, freguesia com muita vinha, os habitantes eram conhecidos por “Cavadores”.
Os “Antigos”, que queremos reproduzir neste projeto, viviam em harmonia com a “terra”, muito longe da industrialização e capitalização dos recursos que hoje tendem a agredi-la. Nos terrenos mais secos e pobres plantavam as culturas mais adaptadas ao clima seco e quente de Verão – a vinha e o olival (duas das três principais culturas mediterrânicas) – e consociavam-nas ainda com castanheiros e com fruteiras aclimatadas à região que, na Serra de São Mamede, são amendoeiras, macieiras, cerejeiras… variedades que gostam de altitude e alguma secura. Nos solos ou parcelas mais frescas e férteis a sua horta, com fruteiras mais necessitadas de água (citrinos, pessegueiros, ameixeiras, etc.) e pascigo para os animais que lhe fazem o composto com que fertiliza as culturas e lhe dão ovos, leite e alguma carne. É isso também que procuramos na nossa pequena Quinta. Do portão para dentro só entrarão o arroz, massas, café, e peixe do nosso Atlântico ou de rio próximo.
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